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AIP apresentou programa "Exportar a 1.ª vez" em Coimbra num seminário com mais de duas centenas de participantes

AIP apresentou programa "Exportar a 1.ª vez" em Coimbra num seminário com mais de duas centenas de participantes

Empresários conheceram os riscos, oportunidades e virtualidades da exportação

Mais de duas centenas de empresários ficaram a conhecer as vantagens do programa “Exportar a 1.ª vez” que a Associação Industrial Portuguesa (AIP) está a lançar no país e que apresentou, dia 19 de novembro, durante um seminário com a mesma designação, realizado no Auditório da Reitoria da Universidade de Coimbra, e que contou com a intervenção do seu presidente, José Eduardo Carvalho, de empresários e especialistas de diversas áreas. 

Alargar a base exportadora nacional, envolvendo novas empresas e orientando outras para mercados externos a consolidar, é o objetivo do programa “Exportar a 1.ª vez”, apresentado em detalhe pelo seu responsável, Filipe Martins, do Departamento de Internacionalização da AIP.

Destinado a PME localizadas nas regiões do Norte, Centro e Alentejo, sem experiência ou com fraca intensidade exportadora, com produtos ou serviços transacionáveis em mercados externos, o programa prevê a realização de um conjunto de iniciativas como missões empresariais (com incentivo do QREN de 45%) à África do Sul, Argélia, China (Macau e Guangdong/Cantão), Chile e Colômbia, Índia (Goa e Maarastra/Bombaim), Israel, Macau, Marrocos, Moçambique e Turquia.

O “Exportar a 1.ª vez” contempla também a realização de mostras em Portugal, para dar a conhecer a oferta de produtos e serviços nacionais a importadores que vão ser convidados para esse efeito. São as chamadas “missões inversas” e mostras de valorização da oferta nacional (incentivo do QREN de 45%). A participação conjunta em feiras internacionais (incentivo QREN, 75%) é outra iniciativa prevista no programa.

“Quando falamos em iniciar o processo de exportação referimo-nos a empresas não exportadoras, ou aquelas cujas exportações representem muito pouco no seu volume de negócios, mas também a empresas que estejam focalizadas apenas num mercado de destino e queiram diversificar mercados”, explicou Filipe Martins aos empresários que assistiram à sua intervenção.

  

No âmbito do programa, “vão ser realizados workshops muito temáticos, onde será divulgada informação sobre os mercados, através de especialistas e agentes que neles estejam envolvidos para nos falarem sobre os riscos, oportunidades e virtualidades, bem como teremos possibilidade de conhecer experiências de empresas portuguesas nesses mercados”, precisou aquele responsável.

O presidente da AIP, José Eduardo Carvalho, sublinhou, na intervenção que proferiu durante a abertura do seminário, a “necessidade de alargar o número de empresas exportadoras” e “incrementar as exportações em mercados de futuro”.

“O mercado interno é fundamental, mas não é suficiente para sustentar 300 mil empresas e sociedades comerciais”, disse o presidente da AIP, ao referir que “o peso das exportações no PIB (Produto Interno Bruto) de países com a dimensão do nosso é da ordem dos 70%, mas em Portugal não chega aos 40%”. Por isso, concluiu, “o alargamento da base exportadora nacional é a prioridade neste momento”.

José Eduardo Carvalho realçou alguns indicadores de 2012 que caracterizam o tecido empresarial: entre as 312 mil empresas portuguesas, apenas 41 mil são exportadoras, totalizando um volume de vendas de bens e serviços de 65 mil milhões de euros no ano passado, embora 34 mil empresas não tenham exportado mais de 500 mil euros. Em cerca de metade das exportadoras, o volume de negócios com o estrangeiro não ultrapassa 25% do total vendido.

  

O vice-reitor da Universidade de Coimbra, Luís Filipe Menezes, aconselhou as empresas a recorrerem à universidade “para acrescentar inovação e tecnologia aos seus produtos exportáveis”, porque “neste país pequenino não há espaço de crescimento do mercado interno”. Aquele responsável deu como exemplo de “transferência de saber” a relação que a sua universidade tem com o Brasil, por receber cerca de dois mil alunos por ano oriundos da terra de Vera Cruz. “A Universidade de Coimbra é a maior universidade brasileira fora do Brasil”, acrescentou.

A evolução das exportações portuguesas, salientando volumes, sectores e destinos; a caracterização do perfil das empresas exportadoras; as estratégias de internacionalização e perspetivas de evolução do negócio; a logística e os transportes; e o financiamento das PME para a exportação foram algumas das questões debatidas durante o encontro por representantes das empresas Almas Design, Bluepharma, CS – Coelho da Silva, Rui Costa e Sousa & Irmão, Mota-Engil, Baker Tilly, DHL, AICEP, Banco Popular, Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.

O encerramento do seminário foi da responsabilidade do presidente da NERC – Associação Empresarial da Região de Coimbra, Horácio Pina Prata. Na sua breve intervenção, o dirigente associativo aconselhou os empresários a “estudar os mercados, a inovar, a dar mais atenção ao design”, mas, “sobretudo, a não desistir de exportar”.

“Espero que as empresas de Coimbra possam ter projetos de internacionalização, algo que na maioria das vezes não se faz sem cooperação entre empresários e associações empresariais”, sublinhou Horácio Pina Prata.

Fonte: Associação industrial Portuguesa - Câmara de Comércio e Indústria (AIP - CCI)

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